Neurônios espelho:
Em alguns dias as crianças
aprendem a reconhecer a mãe e a segui-la com o olhar; aprendem também a emitir
sons, e finalmente desenvolvem a arte de utilizar um idioma para se expressar. Tudo isto pela imitação. Pela imitação se
aprende a pregar pregos, lavar roupas, cozinhar, construir cadeiras, e milhares
de ações simples ou complexas. O que sabemos sobre a imitação?
O texto a seguir se baseia na
pesquisa de Bárbara Patrícia Schneider: “Empatia e Neurônios Espelho” (https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/49275/empatia-e-neuronios-espelho).
Em 1950 foram detectados certos neurônios em
seres humanos, e sua existência foi comprovada após estudos realizados com macacos.
Esses neurônios se ativam quando o macaco vê alguém pegando a comida, daí o
nome “neurônios espelho” (NE). Nos macacos são ativados ao observar objetos,
mãos e bocas; nos humanos os NE são mais evoluídos e flexíveis.
O sistema não depende de nossa
memória, pois podemos imitar uma ação internamente em nosso cérebro mesmo que
não a tenhamos visto anteriormente. No entanto, só espelhamos ações que fazem
parte do repretório de ações da nossa espécie: os NE não são ativados quando
vemos um cão latir. A imitação do latido acontece intencionalmente, mas não internamente.
As pesquisas mencionam a imitação e a teoria memética. “Nós imitamos
gestos e expressões faciais desde bebês através de um mecanismo de ressonância, que capta o que
ocorre externamente e representa essa ação internamente através das áreas
motoras responsáveis por ela no cérebro; essa comparação entre ações executadas
pelos outros e por si gera o aprendizado; o aprendizado que ocorre através da
imitação e replicado por memes, que foram descritos pela primeira vez por
Richard Dawkins em seu livro O gene egoísta, onde ele os compara com “genes” e
os define como unidades de replicação da cultura, o que ocorre através de
poemas, ideias ou imagens, como atualmente estamos acostumados a ver através do
facebook”.
(https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/49275/empatia-e-neuronios-espelho).
(https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/49275/empatia-e-neuronios-espelho).
Os neurônios espelho estão relacionados com a empatia, e tem sido
observado que as crianças autistas têm dificuldade para manifestar empatia,
devido a uma falha no seu mecanismo de espelho. Para elas também é difícil
expressar e compreender sentimentos, e entender a emoção contida nas ações
alheias.
Conclui-se das explicações acima,
que aquilo que denominamos empatia, está relacionado com nosso mecanismo
interno de aprendizado por imitação. A expressão “mecanismo de ressonância” que
aparece na citação vem ao encontro de minha percepção de uma espécie de “sintonia”
que se forma entre as pessoas quando se relacionam umas com as outras.