O Yin, o Yang e a
alimentação:
Os conceitos de yin e yang se
referem à polaridade das coisas. Dizemos que os raios são dotados de carga
elétrica negativa, e que a Terra os atrai porque é dotada de carga elétrica
positiva. Portanto, é comum traduzir yang como positivo e yin como negativo. Na
verdade nosso entendimento a respeito da eletricidade é principalmente baseado
na experiência do dia-a-dia. A polaridade também se refere a masculino e
feminino, cheio e vazio, sólido e oco, claro e escuro, ensolarado e sombrio,
etc.
Quando se trata de alimentos, o
positivo é mais sólido, condensado, e o negativo é mais oco, expandido. Não há
nada totalmente yin, ou yang, e não há nada neutro; há sempre uma polaridade.
De fato, yin se refere à presença da força centrífuga (que conduz para fora)
nos fenômenos observados, e yang se refere à presença da força centrípeta (que
conduz para dentro). O teor de potássio, que gera a cinza alcalina, representa
o Yin, e o teor de sódio, que gera a cinza ácida, representa o Yang. A
alimentação macrobiótica se baseia na proporção de cinco partes de potássio
para uma parte de sódio, que é encontrada nos cereais. Por isso a dieta de
recuperação da saúde se baseia em alguns dias ingerindo apenas cereais integrais
e água. Desde a antiguidade os cereais são considerados como um importante
alimento de sustentação.
Este tema é complexo, pois
envolve minúcias como o crescimento sob o solo vs. crescimento sobre o solo (a
cenoura é mais yang do que a abóbora), próximo vs. distante do solo (a abóbora
é mais yang do que o mamão), cores mais claras ou mais escuras, etc. Além de
representar a relação entre potássio e sódio nos alimentos, o conceito está
também relacionado com a proporção de água e de minerais: um ovo pequeno (com o
de codorna) contém maior proporção de minerais do que um grande (como o de
pato), porém não estamos nos referindo aos valores absolutos, e sim à
concentração.
Para quem gosta de detalhes
recomenda-se o livro de Sakurazawa Nyoti (George Ohsawa), Macrobiótica Zen: a
arte da longevidade e do rejuvenescimento, 8ª. Ed, Porto Alegre: Associação
Macrobiótica de Porto Alegre. É um livro para consultar no dia-a-dia da
culinária, e também para um socorro com gripes e as dores que aparecem de vez em quando. Para “só
dar uma olhada” há o blog: http://saudecompleta.blogspot.com.br/2010/01/macrobiotica-zen-e-necessario-saude.html