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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Neurônios espelho:

Em alguns dias as crianças aprendem a reconhecer a mãe e a segui-la com o olhar; aprendem também a emitir sons, e finalmente desenvolvem a arte de utilizar um idioma para se expressar.  Tudo isto pela imitação. Pela imitação se aprende a pregar pregos, lavar roupas, cozinhar, construir cadeiras, e milhares de ações simples ou complexas. O que sabemos sobre a imitação?

O texto a seguir se baseia na pesquisa de Bárbara Patrícia Schneider: “Empatia e Neurônios Espelho” (https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/49275/empatia-e-neuronios-espelho).
 Em 1950 foram detectados certos neurônios em seres humanos, e sua existência foi comprovada após estudos realizados com macacos. Esses neurônios se ativam quando o macaco vê alguém pegando a comida, daí o nome “neurônios espelho” (NE). Nos macacos são ativados ao observar objetos, mãos e bocas; nos humanos os NE são mais evoluídos e flexíveis.

O sistema não depende de nossa memória, pois podemos imitar uma ação internamente em nosso cérebro mesmo que não a tenhamos visto anteriormente. No entanto, só espelhamos ações que fazem parte do repretório de ações da nossa espécie: os NE não são ativados quando vemos um cão latir. A imitação do latido acontece intencionalmente, mas não internamente.

As pesquisas mencionam a imitação e a teoria memética. “Nós imitamos gestos e expressões faciais desde bebês através de um mecanismo de ressonância, que capta o que ocorre externamente e representa essa ação internamente através das áreas motoras responsáveis por ela no cérebro; essa comparação entre ações executadas pelos outros e por si gera o aprendizado; o aprendizado que ocorre através da imitação e replicado por memes, que foram descritos pela primeira vez por Richard Dawkins em seu livro O gene egoísta, onde ele os compara com “genes” e os define como unidades de replicação da cultura, o que ocorre através de poemas, ideias ou imagens, como atualmente estamos acostumados a ver através do facebook”.
(https://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/49275/empatia-e-neuronios-espelho).

Os neurônios espelho estão relacionados com a empatia, e tem sido observado que as crianças autistas têm dificuldade para manifestar empatia, devido a uma falha no seu mecanismo de espelho. Para elas também é difícil expressar e compreender sentimentos, e entender a emoção contida nas ações alheias.

Conclui-se das explicações acima, que aquilo que denominamos empatia, está relacionado com nosso mecanismo interno de aprendizado por imitação. A expressão “mecanismo de ressonância” que aparece na citação vem ao encontro de minha percepção de uma espécie de “sintonia” que se forma entre as pessoas quando se relacionam umas com as outras.


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