Agricultura e alimentação: Segue-se uma citação de um filósofo,
artista, e cuidadoso observador da natureza das coisas, que era fascinado pelo
pragmatismo de William James:
“[...]
dependendo do clima e das características da região, todos os alimentos são
produzidos de maneira adequada às pessoas aí nascidas. Os indivíduos de raça
amarela alimentam-se de arroz, e os de raça branca de trigo; da mesma forma,
como o Japão é um arquipélago, significa que seu povo deve comer bastante
peixe, não havendo, também nenhuma inconveniência em que as pessoas do
continente comam carne. Pelo mesmo raciocínio, as refeições dos agricultores, à
base de vegetal, estão de acordo com a Natureza. O fato de eles suportarem o
trabalho braçal contínuo mostra a adequação da alimentação vegetariana.
Desconhecendo esse princípio, a dietética está se empenhando, atualmente, para
que os agricultores comam peixe; entretanto, se eles assim fizerem, resultará
na diminuição de sua capacidade produtiva. Por outro lado, devido às refeições
à base de peixe, os pescadores não suportam trabalho contínuo e por isso
trabalham de maneira intermitente. Além disso, esse tipo de alimentação ajuda a
aguçar a sensibilidade; portanto é apropriado à atividade da pesca, donde se
conclui que a Natureza é realmente perfeita.” (Mokiti Okada, 20 de abril de
1950, citado em Alicerce do Paraíso: o homem, a saúde e a felicidade / Meishu
Sama, 5ª Ed revisada. São Paulo : Fundação Mokiti Okada, 2007).
Curiosidade:
Como cientista de alimentos, me pergunto, de que forma se poderia planejar um
experimento para testar o valor do peixe para o tipo de atividade dos
pescadores, ou das raízes para a atividade dos agricultores. Há tantos outros
tipos de refeições, cujo conhecimento poderia favorecer os desportistas, além,
é claro, dos trabalhadores. Neste mundo em que os cidadãos mais idosos se
esqueceram da maneira tradicional de se alimentar, e os mais novos nunca
aprenderam, é preciso reformular nossa atitude diante da alimentação e do valor
das refeições.
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